• IMPLANTE IMEDIATO EM ÁREA ESTÉTICA

    IMPLANTE IMEDIATO EM ÁREA ESTÉTICA

    Ninguém está livre de ter um problema dentário e acabar perdendo este dente. E quando este dente perdido é um elemento anterior e que compromete severamente o sorriso da pessoa, este problema passa a ser um enorme desafio para o profissional que solucionará o problema. E são vários os caminhos que podem ser seguidos para resolver o problema, mas a questão é escolher qual o melhor caminho para alcançar o melhor resultado. Cada caso é um caso e alguns fatores individuais devem ser cuidadosamente observados para que o resultado seja de excelência.

    A melhor maneira de repor dentes perdidos é através de implantes dentários. E quando se fala em tratamentos desta natureza, pensamos em instalação de implantes em áreas que já estão edêntulas há algum tempo e em situações em que os dentes, embora condenados, ainda estão no seu lugar. Nesta segunda situação, podemos fazer a instalação dos implantes de forma tardia ou imediatamente após a extração do dente. O momento ideal para se instalar um implante é, na minha opinião, um dos fatores mais determinantes do sucesso e as opiniões entre os colegas podem variar bastante. Este caso que agora vou apresentar aos meus seguidores é um caso de instalação de implante imediato com carga imediata. Alguns cuidados foram caprichosamente tomados para que não ocorresse a deformação do rebordo ósseo após a extração do dente, como por exemplo:

    1- Não foi feito descolamento de retalho gengival, preservando, assim, a nutrição sanguínea das paredes ósseas do alvéolo através do periósteo;

    2- Foi feito preenchimento dos espaços residuais entre a parede óssea do alvéolo e o corpo do implante com substituto ósseo;

    3- A instalação de uma coroa acrílica provisória no implante na mesma sessão de sua instalação também contribuiu para a preservação da arquitetura gengival;

    4- A posição tridimensional do implante também é de fundamental importância para atingirmos o melhor resultado.

    Daqui para frente veremos as imagens da sequência de todo o tratamento que durou, do dia do primeiro procedimento até a instalação do trabalho definitivo, 18 meses. Sim! Eu não recomendo que se finalize um caso deste antes de um ano, pois é neste primeiro ano que podem ocorrer as maiores alterações de forma e volume do rebordo alveolar, o que comprometeria radicalmente a harmonia entre o dente artificial e os naturais.

    Situação inicial mostrando que algo está errado com o dente incisivo central superior esquerdo.


    Os exames de imagens mostram severa reabsorção externa no terço cervical da raiz dentária, muito provavelmente uma consequência do trauma e dos diversos procedimentos aos quais o dente foi submetido. Mostram, também, um pequeno foco de infecção periapical e, na tomografia computadorizada, observa-se que existe uma quantidade razoável de volume ósseo capaz de permitir um bom travamento primário do implante, o que viabiliza a sua instalação imediata.


    Uma simulação de uma coroa dentária em acrílico sobre o implante a ser instalado é feita em modelo de gesso. Esta coroa ajudará na confecção de um guia cirúrgico de muita utilidade para que o implante seja colocado na posição tridimensional ideal. Além disso, será aproveitada para a confecção da coroa provisória a ser posicionada imediatamente após a instalação do implante.


    Agora vemos o dente extraído, com alvéolo e gengiva íntegros, uma consequência de uma exodontia atraumática, condição importantíssima para alcançar um resultado satisfatório. Na última imagem já vemos o implante instalado. Não temos a imagem do preenchimento ósseo.


    Da esquerda para a direita temos a imagem do pós operatório imediato, com dez dias de operado e, finalmente, as duas últimas com um ano de pós operatório. Na visão por baixo percebe-se que o contorno gengival não sofreu nenhuma contração. Então, a partir deste momento, como não houve necessidade nenhuma de reparos em tecidos moles, pois as dimensões do rebordo alveolar e a arquitetura gengival foram preservadas, passamos a confecção de uma coroa cerâmica definitiva para o implante.


    Perfil gengival de emergência perfeitamente condicionado para a confecção da coroa protética definitiva.


    O pilar estético definitivo fixado ao implante nos permitirá fazermos um trabalho protético sem metal, o que proporcionará uma semelhança maior com o dente contralateral, que, quando se trata de reproduzir um incisivo central superior igual ao seu vizinho, é um enorme desafio. Neste caso a finalização foi com uma faceta estética em cerâmica feldspática e o resultado agradou muito à paciente e a mim.


    É importante salientar que o conceito de perfeição é muito impreciso. A ciência busca incansavelmente substituir membros perdidos por peças protéticas capazes de exercer as mesmas funções. Todavia, mãos, braços e pernas são substituídos por próteses que, mesmo ainda estando muito longe de se parecerem com os membros naturais, já são chamados de perfeitos. Mas e na Odontologia? Aaahh... Aqui os pacientes são muito mais exigentes na hora de substituir um dente ou refazer um sorriso inteiro. Todos querem naturalidade! O dente artificial tem que parecer com um natural! E a beleza está exatamente aí, na natureza, a Obra Divina da Criação. E quem somos nós para tentar imitá-la, não é mesmo?


    Dr. Luiz Carlos.

    Voltar para página anterior Data de Publicação: 31/05/2019